Olá!

Bem vindos ao diário de uma brasileira em Timor-Leste - uma meia-ilha no outro lado do planeta que a todos encanta com a magia do canto de uma sereia.
Ou seria o canto de um crocodilo? Bem... em se tratando de Timor, lafaek sira bele hananu... :-))

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

01 de fevereiro de 2010 – Não é Velox nem Virtua (nem uma Brastemp), mas funciona


Hoje, finalmente, instalaram nosso acesso à Internet em casa! Uh-uh!!! Eu e Erivelto dividimos o investimento inicial de $265.00 USD para termos esse pequeno conforto. Quando que, no Timor de 2005, eu cogitaria ter Internet ao alcance da mão em meu próprio quarto? Claro que foi um parto difícil, com direito à instalação de um poste no jardim do padre, mas também é bom pra eles porque, quando sairmos daqui, os próximos locatários já terão a estrutura da rede – wireless que é pra ser bem chique!

Timor-Leste é realmente um país criança que cresce da noite para o dia. Pra não dizer que ninguém mais grita malae quando eu passo, isso aconteceu ontem, no mercado de Komoro, para onde arrastei o Betão atrás de um cesto de palha onde colocar roupa suja. Aqui temos uma máquina de lavar que precisaria ser lavada e desinfetada antes de ser usada – não tem condição – além de um varal pequeno e sempre abarrotado de roupas das mil crianças da família do padre. Sobrinhos, olha a maldade! Um cesto de roupa suja pode ser levado até o Venture Hotel, a cem metros daqui, e as roupas voltam limpas e relativamente passadas no dia seguinte por $5.00 USD. No mercado de Komoro eu tive o “prazer” (?) de ouvir as crianças gritando “Malae! Malae! Malae!” quando me viram.

Já vi soro fisiológico à venda em uma farmácia – artigo inexistente há cinco anos – e o carro do “saneamento” passa aqui, dia sim, dia não, para recolher o lixo. Todas boas surpresas.

E por falar em surpresa, preparamos uma festa surpresa para um colega do Profep que aniversariou ontem. Encomendei um bolo de chocolate recheado com côco no Café Aroma e Simone ainda escreveu “Parabéns Vladimir” por cima, com direito a decoração de cerejas. Um mimo! Definitivamente o grupo de 2010 difere em muitos sentidos do de 2005 – diferenças nem sempre são positivas ou negativas, mas são diferenças... – e o que mais sinto falta é da cumplicidade de um grupão. Podíamos ter lá nossas diferenças, mas na hora de um pega-pra-capar, havia um sentimento de grupo, uma unidade. Hoje, quando fui convidar os colegas de Procapes para a festa, houve quem perguntasse, “Quem é Vladimir?”. Detalhe: fui a última a me juntar ao grupo e os outros 33 professores estão aqui há três meses. Em 2005 a gente, às vezes, brigava feito cão e gato, mas sabíamos os nomes de todos os 48 colegas, mas não estou aqui para saudosismos. Diferenças nem sempre são melhores ou piores, são apenas diferenças.

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