Olá!

Bem vindos ao diário de uma brasileira em Timor-Leste - uma meia-ilha no outro lado do planeta que a todos encanta com a magia do canto de uma sereia.
Ou seria o canto de um crocodilo? Bem... em se tratando de Timor, lafaek sira bele hananu... :-))

sábado, 2 de outubro de 2010

Dia Branco – mais um



Quando comecei a escrever nesse blog, tinha a intenção de postar diariamente alguma coisa. Não deu certo. Talvez por eu não ser das mais disciplinadas pessoas do mundo, talvez por passar dias e dias sem que nada de relevante acontecesse para merecer nota... não sei. Acabei deixando o blog de lado e mesmo quando havia algo que, no meu entender, era importante registrar, eu ficava deixando para depois, depois, depois... Bem, ontem foi um desses dias: um dia branco. Fiz, praticamente tudo que me havia programado fazer,mas nada de grandioso. Peguei o celular no conserto, comprei os presentes do Kleto e do Anderson, fui ao bairro das pratas e comprei lembranças para as mulheres da família e ainda passei no Body Works para fazer as unhas. Só não comprei o celular da Gladcya que, inicialmente, me pedira para levar remédios para gripe, mas na última hora, mudou de ideia e mandou um e-mail pedindo para comprar um Nokia, já que o dela foi perdido no INFPC em Dili. Não estou certa se devo usar o verbo “perder” para descrever o que aconteceu com o celular da minha amiga. Quando você esquece alguma coisa dentro do seu local de trabalho, onde todos lhe conhecem e podem identificar a quem pertence, se essa coisa não lhe for devolvida o verbo correto seria “roubar”, mas os timorenses têm outra forma de ver uma situação dessas. Depois do misterioso desaparecimento de mais de cinco mil dólares dos professores do Profep no ano passado, eles tornaram-se ainda mais arredios a qualquer comentário sobre coisas perdidas, desviadas ou sumidas, vindo de um brasileiro, tanto que subiram nas tamancas quando o Umberto – coordenador do Procapes – relatou o desaparecimento de uma luneta do laboratório de Física. Bem, a luneta tinha sido levada por um brasileiro mesmo que alegou tê-la tomado “emprestada”, mas foi ao INFPC na calada de um Domingo e, ao invés de devolvê-la ao laboratório, deixou-a num canto da sala anexa à biblioteca (que era o único lugar de onde tinha a chave) como se estivesse lá esquecida e não tivesse sido notada. Felizmente, tínhamos fotografado a sala na sexta-feira anterior e pudemos comprovar que a luneta não estava no lugar de seu surpreendente reaparecimento. Pois é, imagens valem mesmo muito mais que mil palavras e vou sempre ficar na dúvida se a bendita luneta teria sido devolvida se não tivesse sido fotografada, por acaso, na casa desse professor brasileiro, mas isso não é problema meu. O caso é que os timorenses se arrepiam quando qualquer brasileiro fala em sumiço do que quer que seja, e daí a pobre da Gladcya não tem a menor chance de receber seu celular de volta.

Fechei o meu dia jantando no restaurante cubano aqui ao lado do Masa Inn. Além deles servirem a comida mais próxima da nossa que pude encontrar até agora em Bali, eles têm Internet wi-fi e meu netbook identificou a rede de cara, já que eu tinha me conectado ali em junho passado. Na volta ao hotel, aluguei um aparelho de DVD para assistir uns filmes que comprei. Acredite se quiser, mas estou farta da HBO (rss). Eles repetem demais os filmes e já assisti Hurricane (com Denzel Washington) e Green Gardens (com Drew Barrymore e Jessica Lange) diversas vezes em quatro países diferentes. Bem, eu tenho que achar um motivo para retomar a vidinha de Rede Record Internacional em Timor-Leste, não é mesmo?

Nenhum comentário:

Postar um comentário