Por quatro anos eu não pude ouvir essa canção sem chorar. Era só ouvir a voz de Maria Rita a entoar “Mande notícias do mundo de lá...” e me desmanchar em lágrimas do lado de cá. Essa música me carregava de volta ao Aeroporto Nicolau Lobato e eu quase podia sentir o abraço apertado do Rai, ver os olhos de mel da Michelle ficando vermelhos, e os meus olhos se enchiam d’água.
Ontem, fui me despedir de um velho e fiel amigo: o mar do Rio de Janeiro. A praia não estava muito cheia e coloquei minha cadeira quase na beira da água, até para poder ficar mais perto dele, deixá-lo se despedir de mim também.
Temos uma velha parceria, eu e esse mar. Minha mãe guarda fotos minhas, bem pequena, com uma ridícula touquinha de praia, brincando na areia com as conchinhas. Meus filhos já estão avisados que, no dia em que eu partir numa viagem que não sei se é longa, mas que certamente será definitiva, desejo que minhas cinzas sejam derramadas no mar. Nesse mar. No meu mar.
Desfrutei o misto de sol e brisa sem mágoas nem nostalgias. É apenas uma despedida breve, e sempre há a certeza que chegará o dia em que estaremos juntos para sempre. Eu mal ouvia o burburinho das conversas à volta ou dos vendedores apregoando seus produtos. Minha sintonia era com o mar e o único som que me afetava era o das ondas quebrando aos meus pés.
Sabe Deus porque resolvi colocar os fones de ouvido e foi só ligar o MP3 player que lá veio a Maria Rita, “Mande notícias do mundo de lá...”. Chorei mais uma vez com essa canção, sozinha na praia, em frente ao meu mar, mas fiz isso pela última vez. Não foi um choro melancólico, ou infeliz. Foi apenas pela emoção de ter finalmente me libertado do sentimento de despedidas e compreendido, afinal, que é chegado o tempo de encontros.
Ontem, fui me despedir de um velho e fiel amigo: o mar do Rio de Janeiro. A praia não estava muito cheia e coloquei minha cadeira quase na beira da água, até para poder ficar mais perto dele, deixá-lo se despedir de mim também.
Temos uma velha parceria, eu e esse mar. Minha mãe guarda fotos minhas, bem pequena, com uma ridícula touquinha de praia, brincando na areia com as conchinhas. Meus filhos já estão avisados que, no dia em que eu partir numa viagem que não sei se é longa, mas que certamente será definitiva, desejo que minhas cinzas sejam derramadas no mar. Nesse mar. No meu mar.
Desfrutei o misto de sol e brisa sem mágoas nem nostalgias. É apenas uma despedida breve, e sempre há a certeza que chegará o dia em que estaremos juntos para sempre. Eu mal ouvia o burburinho das conversas à volta ou dos vendedores apregoando seus produtos. Minha sintonia era com o mar e o único som que me afetava era o das ondas quebrando aos meus pés.
Sabe Deus porque resolvi colocar os fones de ouvido e foi só ligar o MP3 player que lá veio a Maria Rita, “Mande notícias do mundo de lá...”. Chorei mais uma vez com essa canção, sozinha na praia, em frente ao meu mar, mas fiz isso pela última vez. Não foi um choro melancólico, ou infeliz. Foi apenas pela emoção de ter finalmente me libertado do sentimento de despedidas e compreendido, afinal, que é chegado o tempo de encontros.
Timor-Leste:
"Me dê um abraço, venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero"
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