Olá!

Bem vindos ao diário de uma brasileira em Timor-Leste - uma meia-ilha no outro lado do planeta que a todos encanta com a magia do canto de uma sereia.
Ou seria o canto de um crocodilo? Bem... em se tratando de Timor, lafaek sira bele hananu... :-))

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Fazer dieta, Meditar, Aumentar minha autoestima



Tenho certeza que quando for lançado o próximo filme de Julia Roberts – Comer, Rezar, Amar – vou estar feliz e sorridente na fila do cinema. Quem me conhece um pouquinho sabe que, desde que inventaram o pay-per-view, é difícil me fazer sair de casa para encarar a maratona que é ir ao cinema no Rio de Janeiro. Brigar por uma vaga, descer e subir quatro ou cinco lances de escadas rolantes, enfrentar fila para comprar ingresso, pipoca, etc... Por que tudo isso se três ou quatro meses depois tenho o filme na minha casa, com a vantagem de poder dormir no meio e, quando acordar, ele estar sendo reprisado? Coisa de velha? Sem problemas... Não tenho mais aquela pressa juvenil de assistir o filme antes de todos só pra poder comentá-lo na hora do recreio. Além do mais, se algum amigo urso contar o final da história, também não tenho mais aquela memória tão boa e, quando o filme chegar ao pay-per-view, provavelmente já terei me esquecido.

Mas vou abrir uma exceção para o filme de Julia Roberts. Afinal, é a história de uma mulher que ganha uma sobrevida depois da viagem que começa na Itália e termina em Bali, passando pela Índia. Hoje, enquanto escrevo essas bem digitadas linhas, estou exatamente em Bali, tão sozinha quanto a protagonista, só que não posso comer, não sei rezar e só quero mesmo é aprender a amar a mim mesma.

Não vai ser difícil fazer dieta, já que comida é o que há de pior na Indonésia. Meditar é tudo que tenho para fazer nesse meu roteiro de templos, não só aqui, mas também no Vietnam, no Laos e no Cambodia. Vou ficar só dois dias em Bali e daqui embarco para Ho Chi Minh, antiga Saigon. De lá, ainda no Vietnam, viajo para Hanoi. Depois, vou para Luang Prabang, no Laos e de lá encerro a aventura em Siem Reap, no Cambodia. Claro que uma viagem dessas tem que ter o tradicional fechamento novamente aqui em Bali, e retorno ao Timor no Domingo dia 3 de outubro.

Quanto a aprender a me amar, se eu não curtir minha própria companhia dessa vez, não vou me gostar nunca mais. Serão duas semanas de absoluta solidão, e a coisa mais próxima a um amigo que estou esperando encontrar será Ketut, meu fiel escudeiro em Bali, double de motorista e guia turístico, um rapazinho que me foi indicado no Masa Inn (o bom e velho hotel onde me hospedo desde 2005) quando saí do hospital depois da dengue hemorrágica em março passado.

Desta vez não estou hospedada no Masa Inn. Lá não havia quartos quando tentei reservar, e fiquei no Sorga Cottages Kuta, que de pomposo só tem o nome. Fica numa daquelas ruelas super alternativas que só os surfistas mais descolados conhecem, e cá estou eu. Me deram um quarto que cheirava a baú de ossos da Tia Laurinda e tive medo de ter alguma reação alérgica respirando aquele mofo todo, daí me deram outro quarto bem arejado, só que no segundo andar. Bem, prefiro subir dois lances de escada a me sentir numa cultura de fungos.

Passeio tradicional ao Mata Hari, com a tradicional compra de maquiagens da Revlon, não sem antes tomar o também tradicional sorvete de morango da  Häagen-Dazs. Ei, eu disse que não ia comer, não é mesmo? Mas só quem já ficou três meses sem sair de Timor-Leste sabe o quanto se fica carente desse tipo de coisa.

Na falta de coisa melhor pra fazer, resolvi assistir um dos filmes novos que Anderson e Malaezinho colocaram no meu HD externo, já que só trouxe o netbook e não tenho leitor de DVD. Resolvi começar pelo “Caso 39” com Renée Zellweger e Bradley Cooper (um lindinho). Terror dos bons, pena que, pra variar, dormi no meio, e é por isso que vou assistir “Comer, Rezar, Amar” no cinema!

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