Olá!

Bem vindos ao diário de uma brasileira em Timor-Leste - uma meia-ilha no outro lado do planeta que a todos encanta com a magia do canto de uma sereia.
Ou seria o canto de um crocodilo? Bem... em se tratando de Timor, lafaek sira bele hananu... :-))

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Quartier Latin + Chinatown = Hanoi











Estou feito pinto no lixo!!! Depois de conhecer cidades como Singapura, Kuala Lumpur e Jakarta que, apesar de estarem na Ásia, poderiam estar em qualquer lugar desse mundo globalizado, finalmente encontrei o que queria ver por aqui. Hanoi pode não ser meu modelo de capital socialista, mas tem todos os ingredientes do Oriente exótico que tanto sonhava conhecer.

Não posso ser injusta com Bangkok, que também é uma cidade maravilhosa mas... o Vietnam é o Vietnam, entendem? Cresci na época em que o Vietnam estava em todas as primeiras páginas de jornais, cantava “Era um garoto/ que como eu/ amava os Beatles e os Rolling Stones”, assistia Platoon, Apocalypse Now, Mash e até fui ver Miss Saigon na Broadway. À medida que fui sobrevoando todos aqueles campos de arroz próximos a Saigon, parecia que Simon & Garfunkel estavam cantando ao fundo “Parsley, sage, rosemary, and thyme (Generals order their soldiers to kill)/ And gather it all in a bunch of heather (And to fight for a cause they've long ago forgotten)/ Then she'll be a true love of mine.”. Eu vim para Scarborough Fair, gente!!! Tirei foto junto à estátua de Lenin!!!




Bem, deixando de lado aquela Telma da década de 70, deixa eu falar sobre Hanoi. No post anterior eu tinha dito que a cidade se chama Ha Noi, mas na verdade há uma crase no “a” e o “o” tem, ao mesmo tempo, acento circunflexo e cedilha. A acentuação aqui é louca, parece potência de potência e o circunflexo pode ter acima um acento agudo ou um ponto de interrogação. Como será o teclado dos computadores aqui?





Como eu disse no título do post a cidade é uma mistura de Quartier Latin e Chinatown, já que a presença francesa aqui se faz mais forte ainda que em Saigon e a chinesa está em todo lugar mesmo. Como previsto, desembarquei às nove da manhã e cheguei ao hotel antes das dez, já que não tive que perder tempo com imigração. A recepcionista também foi uma querida e me arranjou um motorista para fazer um city tour à tarde. Amanhã vou conhecer Ha Long Bay, extremo norte, a 60 km de Hanoi, uma baía cheia de ilhas de formação rochosa muito interessante.




Andei por todos os lugares recomendados pelos websites de turismo e tirei dezenas de fotos. A cidade é linda e meu guia, Chin, falava um Inglês bem passável. No final do dia, me deixou no Bairro Antigo, próximo ao hotel, pra eu poder perambular um pouco sozinha e curtir as coisas do meu jeito. Fiz umas comprinhas (claro), sempre pechinchando – aprendi com os mestres, em Bali. Já vou sair daqui vestida como uma típica vietnamita, usando uma daquelas túnicas bem longas e abertas dos lados, sobre uma pantalona de seda. Pra não congelar no avião, comprei também uma pashimina que, afinal, era uma coisa que eu queria há tempo. Para converter (aproximadamente) dongs para dólares, eu estava dividindo tudo por 20.000. Parei pra pensar um pouco e vi que ficava mais fácil e mais próximo, tirar quatro zeros e converter em reais. A pashimina, por exemplo, custou 100.000 dongs ou seja, 10 reais. Mais fácil e rápido. Se eu der 20.000 dongs de gorjeta, dei 2 reais e parece que isso é uma boa grana por aqui, a julgar pela cara do rapaz que carregou minha mala por quatro lances de escada (rss). Vou acabar emagrecendo, não por dieta, mas por exercício físico mesmo.



Now, it’s HBO time. Nos dois hotéis em que fiquei na Indonésia só havia canais locais e estou quase compreendendo Bahasa Indonésia. Assistir HBO me faz sentir em casa, ainda que não tenha HBO no meu pacote da Net.

Até amanhã quando voltar do meu passeio de barco entre as ilhas vietnamitas :-))

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